
Raciocínio 22/200
Auto-acusação e Auto-piedade (parte 2)
Motivação para viver, a busca pela felicidade através de um método de esforço cognitivo. O método que usamos é efetuado por etapas graduais. Será o encadeamento destas etapas que nos levará a entender este processo complexo constituído por 200 raciocínios.
Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado para o nosso email: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pela 1° raciocínio para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo. Basta em cima selecionar "Raciocínios" e 1/200, e depois por 2/200 e assim por diante.
Vamos fazer aqui um resumo de todos os raciocínios que já abordámos:
1/200 - O início de uma caminhada
2/200 - O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam
3/200 - Não permita que o passado exerça poder sobre si
4/200 - Transcenda as limitações do passado
5/200 - A mente e o poder incrível da imaginação
6/200 - Os rituais do imaginário
7/200 - Preferir a "felicidade" à "depressão"
8/200 - Vamos criar um raciocínio produtivo
9/200 - O problema da crença do poder da atração
10/200 - Escolher a felicidade e recusar a infelicidade
11/200 - A explicação do nosso "segredo"!
12/200 - O problema da Ataraxia
13/200 - A emoção da tristeza
14/200 - Nós somos responsáveis pela maneira como nos sentimos
15/200 - A lei da fé
16/200 - O que fazer com a inveja
17/200 - Quando está tudo escuro e a luz que brilha está bem longe
18/200 - A Paz Interior o motor da vida (1/3): introdução
19/200 - A Paz Interior o motor da vida (2/3): A pedra verde
20/200 - A Paz Interior o motor da vida (3/3): A regra do silêncio deixando de ter razão
21/200 - Retirar de nós a auto-piedade, auto-rejeição, auto-depreciação, auto-anulação (parte 1)
Este é pois o nosso Raciocínio 22° de 200 raciocínios. E vamos estar a analisar a parte 2 deste pensamento sobre Auto-acusação e Auto-piedade. Esta é assim a segunda parte deste raciocínio.
Antes de mais vamos resumir alguns significados e depois desenvolveremos cada um desses significados.
Sempre que empregamos a palavra "auto" antes, estaremos sempre a referir a algo que fazemos a nós mesmos(1), como por exemplo "auto-acusação".
Neste caso a "auto-acusação" quando estamos a referir àquilo que inferimos sobre nós, como chamar nomes "negativos"(2).
Aqui a palavra "negativos" é apenas para diferenciar de palavras positivas. Negativo porque atribuímos a nós mesmos palavras que nos depreciam(3), e fazemo-lo em forma de acusação(4). Por exemplo quando nos depreciarmos, usamos de auto-depreciação, quando falamos mal de nós mesmos mas de forma depreciativa, como "não presto para nada", "sou feio(a)", sou gorda(o)(5).
Associado a auto-acusação, quando nos acusamos, e nos depreciamos, auto-depreciação, juntamente vem a auto-anulação, quando nos anulamos como pessoas(6).
No raciocínio anterior (21/200) por exemplo citámos o caso de uma mulher "gorda" que é uma excelente professora. Portanto o ser gordo aqui para nos auto-depreciarmos não tem grande sentido(7).
Seja como for temos sempre ter presente em mente que haverão sempre estratégias para ultrapassar estes "autos"(8), qualquer coisa que estamos a fazer contra nós mesmos(9).
Muitas das vezes esta prática manifesta-se por pensamentos que temos sobre nós. Ás vezes até quando falamos de nós a outras pessoas muitas das vezes podemos usar de palavras depreciativas, e está tão arraigado em nós que é normal falarmos assim de nós(10).
Consideraremos também outro "auto" negativo, que é a auto-piedade ou auto-comiseração, que se manifesta em estratégias que arranjamos para os outros terem pena de nós, e deste modo fazemos o papel de "vítimas"(11). O tema é bastante complexo e bem difícil de desconstruir(12).
Por vezes quando partilho com outros a minha situação oncológica, muitos pensam que estou a vitimar-me e a fazer uso de um problema oncológico crónico para obter piedade sobre mim mesmo. Na verdade por vezes quando estou no IPO (Instituto Português de Oncologia) as lágrimas vêm, os pensamentos começam, a incógnita de viver vem, e muitas vezes partilho com amigos e obtenho força duplicada e triplicada pelo meu pequeno grupo de amigos que tenho pelo Facebook, onde sou um livro aberto. Os que acompanham de perto a história da minha existência têm ajudado imenso, e na verdade penso que devemos ser naturais com as pessoas e não ter medo das outras pessoas. Sim, podemos ser um livro aberto porque é importante que as pessoas conheçam os nossos pensamentos, sentimentos (havemos falar sobre isto, sobre o ser um livro aberto)(13).
Estes dois "autos": "auto-acusação" e "auto-piedade" - consideramos ambos como nefastos ao nosso desenvolvimento interior e ambos são para serem combatidos dentro de nós, não devem fazer parte do nosso carácter(14).
Sempre que se manifestam devem servir como alerta para termos estratégias de ultrapassar estes momentos(15).
Para evoluirmos como pessoas humanas precisamos assumir o controle da nossa forma de agir. Deste modo as emoções que sentimos, que mais tarde podem a vir a ser sentimentos profundos, podem ser treinadas(16).
Uma emoção de tristeza por exemplo pode ser alterada se exercermos práticas de atividades que nos deem alegria e desse modo alterar o nosso estado emocional(17).
Em vez de me auto-acusar posso alterar essa forma de falar de mim mesmo e falar de uma outra forma que me levante para cima(18).
Já antes dissemos que não somos a favor de palavras "lançadas para o universo". Somos conscientes que a nossa transformação pessoal passa por uma sensibilização pessoal(19).
Eu ser sensível comigo mesmo, perceber-me no mais profundo do meu ser. Perceber as minhas necessidades, as minhas frustrações e dos empreendimentos que precisamos ter para alterar esse estado de coisas(20).
Também já o dissemos em raciocínios anteriores que não há nada de esotérico, nem metafísico no nosso programa de Auto-Ajuda(21).
Pretendemos um evoluir de carácter que passa apenas por um processo cognitivo, de consideração de alguns pormenores na nossa vida que precisamos reajustar para uma vida mais feliz e descontraída(22).
Passamos demasiado tempo a pensar em coisas que não interessam e que produzem "más" emoções.
Podemos pensar noutras coisas e produzir em nós "boas" emoções(23).
Na verdade não existem nem boas nem más emoções, mas não vamos abordar essa temática agora(24).
Porque havemos nós de dedicar o nosso tempo a hábitos de auto-acusação?(25)
"Sou gordo(a)!",
"Sou feio(a),
"Morri para a vida!",
"Não vale a pena viver!",
"Não sou capaz!"...
Preferir não amar a si mesmo e tratando-se como indivíduo sem importância - isso não é o caminho da felicidade(26).
Quando falámos em que deve praticar o "auto-elogio silencioso" (raciocínio 21/200), muitos dos hábitos que temos são precisamente o contrário: "auto-depreciação silenciosa", "auto-rejeição silenciosa", auto-anulação silenciosa" e por aí adiante(27).
Exercício 1
Releia e deixe de reler até ter algum sentido:
- "devo praticar o auto-elogio silencioso: como posso auto-elogiar-me no silêncio? Muitos dos hábitos que temos são precisamente o contrário: "auto-depreciação silenciosa", "auto-rejeição silenciosa", auto-anulação silenciosa"
Todos temos RAZÕES para o facto de não conseguirmos ter amor na vida, ou em certos momentos, nutrirmos este tipo de momentos(28).
Também já antes dissemos que as razões que você tem para não se amar ou não amar a vida, são RAZÕES VÁLIDAS(29).
E também dissemos que independentemente dessas razões válidas, nós iremos mostrar algo que nos vai mudar e criar um raciocínio produtivo capaz de alterar comportamentos de auto-destruição(30).
Por diversas vezes temos abordado a temática do sofrimento. Quando alguém sofre, é algo tão pessoal, que não conseguimos perceber esse sofrimento na sua plenitude. Só a pessoa que sofre, é que tem algum discernimento do seu sofrimento. Esse sofrimento muitas vezes transforma-se em razões válidas para sofrer. Por isso sofrer faz parte da condição humana, assim como adquirir estratégias para não sofrer tanto também fará parte de uma tomada de consciência, quando abordamos estes raciocínios de auto-ajuda(31).
Quando falamos em auto-piedade (auto-comiseração), é um pensar que nada vale, que temos pouco valor(32). Digamos que a "piedade" e a "atenção" constituirão o agradável substituto para o verdadeiro empreendimento que precisamos levar para obter o máximo de "felicidade"(33).
A "piedade", que é a "busca pela atenção" representa a sua recompensa auto-destrutiva. Mas vamos explicar melhor(34).
Podemos continuar a lamentar e assim não somos obrigados a tomar qualquer iniciativa para alterar completamente a nossa degradação pessoal(35).
Podemos continuar a optar por CONSUMIR os nossos "momentos presentes" numa série contínua de mini-depressões, e a "auto-piedade" é o caminho(36).
Deste modo continuamos na insistência do nosso hábito emocional, continuamos a regredir emocionalmente em vez de um empreendimento de uma inteligência rara(37).
Lembra-se que podemos ser pessoas raras?(38) [Raciocínio 10:46-55]
Tudo isto é auto-desprezo, de nós mesmos e da vida(39). Uma preferência por HÁBITOS de comportamento e maneiras de pensar que nos destroem(40).
Repare que esta é a preferência. Preferimos ter hábitos de pensamentos que destroem a felicidade(41).
Exercício 2
Releia por favor várias vezes a frase anterior, e releia, releia, apenas para compreender.
Pense nisto: é o caminho mais fácil ter pensamentos que destroem a minha felicidade!(42)
É mais fácil depreciar-me do que tentar erguer-me(43).
Mas nós vamos superar(44).
Esta pelo menos é a nossa tentativa para consigo e para connosco mesmos(45).
Vamos por isso começar a praticar certos exercícios mentais e físicos que visam estimular o nosso desenvolvimento de resistência(46).
Vamos começar a controlar o nosso próprio raciocínio. Isto é possível em todos os momentos de "auto-piedade", "auto-rejeição", "auto-depreciação", "auto-anulação", "auto-acusação", e combater estes pensamentos irá gerar em nós novos comportamentos(47).
ATENÇÃO! Isto é possível.
Basta apenas apanhar estes pensamentos em flagrante e "auto-elogiar-me" silenciosamente(48).
Falaremos mais sobre isto para sabermos como apanhar pensamentos em flagrante(49).
Exercício 3
Defina cada um dos tópicos em poucas palavras:
- auto-piedade silenciosa
- auto-rejeição silenciosa
- auto-depreciação silenciosa
- auto-anulação silenciosa
- auto-acusação silenciosa
Exercício 4
Defina: "auto-elogio silencioso"
Exercícios do Raciocínio 22/200
Copie estes exercícios para uma folha A4 e envie a pergunta e resposta para o nosso email: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
22.1. Qual o significado que damos aos "autos"? (1)
22.2. Defina auto-acusação (2)
22. 3. O que são para nós palavras negativas? (3,9)
22. 4. Defina Auto-depreciação (4,5,10)
22. 5. Defina auto-anulação (6)
22. 6. De que forma não tem grande sentido estarmos a depreciar? (7,8)
22. 7. O que significa auto-piedade ou auto-comiseração? (11,32)
22. 8. Indique um dos objetivos dos raciocínios (12,46,47)
22. 9. O que é ser um livro aberto? Porque ser um livro aberto?
22. 10. Auto-acusação e Auto-piedade quando surgem devem ser um alerta, como devemos agir? (14,15)
22. 11. Antes de termos sentimentos profundos, podemos treinar emoções, explique (16,17,18,23)
22. 12. Não acreditamos no poder da atração mas afinal o que acreditamos? (19,20,21,22)
22. 13. Indique exemplos de auto-acusação (25,26)
22. 14. Qual é o hábito que existe que não nos faz bem? (27)
22. 15. Todos temos razões e estas razões são válidas, explique e de que modo as podemos ultrapassar(28,29,30, principalmente 31)
22. 16. Qual é o trocadilho que fazemos com auto-piedade ou auto-comiseração? (32,33,34,35,36,37)
22. 17. O que queremos dizer com o consumir momentos presentes? (35,36,37)
22. 18. O que são pessoas raras (38. 10:46-55)
22. 19. Que tipo de hábitos não devemos ter? (39,40,41,42,43)
Abraço fraterno
Nuno Miguel Gomes
(Sociólogo e Filósofo)
Fale comigo, questione: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
Site oficial: Motivação Auto-Ajuda em Portugal e no Mundo
Grupo do Facebook | Página do Facebook | Whatsapp | Youtube
Voltar ao Raciocínio 21, prosseguir para o Raciocínio 23