Raciocínio 2/200
O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam

Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado. Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pelo raciocínio 1/200 para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo.

Este é o nosso 2/200 raciocínio de um estudo de 200 reflexões de motivação. Iremos verificar nesta reflexão sobre: "o problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam".

Pedimos-lhe que pausadamente siga o raciocínio, "avaliando com o seu julgamento aquilo que vai sendo transmitido"(1), "uma vez que as escolhas pessoais serão tomadas por si mesmo"(2).

"Se nos deixarmos prender na crença de que apenas existe uma maneira de fazer as coisas ou apenas um ponto de vista, estaremos então a excluir grande parte da vida. Este é um dos maiores problemas nas relações humanas, pensar que apenas o nosso ponto de vista está correto, desconsiderando o ponto de vista da outra pessoa"(3). Por isso estes estudos vêm nesse sentido de poder considerar outro ponto de vista sobre a realidade, sobre aquilo que neste momento para nós é o mais importante, o seu "eu interior", a sua pessoa na sua totalidade, emocional, social...

Exercício 1
Pare um momento:
"Você é sem dúvida o resultado de grande parte das suas ações".(4)
Releia esta frase.

O ponto da vida onde está neste momento é o resultado da maior parte das suas decisões. "Independentemente dos problemas, as nossas experiências não são mais do que efeitos exteriores de pensamentos interiores"(5). "Pensamos e agimos. Pensamos e agimos de acordo com os nossos pensamentos"(6). Isto é muito importante, "este reconhecer que na verdade tudo começa dentro de nós."(7) Pensamos como vamos responder àquela pessoa e agimos. Pensamos como vamos resolver determinada situação e agimos. Então podemos concluir que "tudo começa no "dentro" de nós"(8). Tudo começa pelo nosso pensamento. Isto é muito importante, porque é daqui do "dentro de nós" que tudo é gerado.

Começamos este 2° raciocínio com o linear daquilo que nos vai projetar futuramente para entendermos o encadeamento de raciocínios que iremos desenvolver.

"Se pensamos e agimos, então tudo se origina, ou quase tudo, através da forma como pensamos" (9). É essa maneira de pensar que nos vai influenciar e determinar grande parte da forma como vamos agir. Decidimos gritar com aquela pessoa, porque pensamos antes sobre isso e decidimos gritar... e assim por diante.

Tudo então começa "dentro de si". A forma como pensa, a forma como vive o seu sofrimento. Aqui entramos também numa outra consciência, que se considerarmos que "pensamos" e "agimos", precisamos considerar também "a noção de "sofrimento", que neste caso será algo que se passa dentro de nós mesmos, um pensamento constante de algo que nos faz sofrer"(10).

"Sabemos que é mais fácil atribuir a causa do nosso sofrimento aos outros, às coisas, às situações, e a sempre a coisas fora de nós mesmos"(11), mas seguindo todo este raciocínio "se estamos a sofrer é porque no nosso pensamento permitimos que dentro da nossa mente persistam pensamentos que não são bons relativos a uma determinada situação"(12).

"Sofremos neste caso porque permitimos a nós mesmos continuar a pensar naquilo que nos faz sofrer"(13).

"Atenção que não estamos a minimizar o seu sofrimento" (14), e muito falaremos sobre isto, mas estamos apenas a dizer que permitimos durante um certo período de tempo, que normalmente é um tempo constante - é constantemente - "permitimos que um determinado sentimento persista dentro de nós"(15).

"Ninguém está a subestimar nem o sofrimento por que está a passar, nem a dor que pode estar a sentir neste momento. Cada um sabe a gravidade do que passa, e apenas cada um consegue perceber a sua dor"(16). Mas gostaríamos de ajudar numa outra esfera, para motivar a sua experiência de vida.

"Se continuamente continuar com pensamentos de quanto lhe fizeram mal, este pensamento produz um sentimento, e nós investimos tempo nesse sentimento. No entanto, se não tivéssemos esse pensamento, não teríamos esse sentimento"(17).

Mas pergunta? "Como posso deixar de pensar naquilo que me faz sofrer?"(18)

Ora, "os pensamentos podem ficar sem significado"(19), "se eu não ceder a eles"(20). "Só eu posso lhes atribuir significado e dessa forma prejudicar a minha vida"(21). "Preciso escolher pensar naquilo que me dá apoio e ânimo"(22). "Ter pensamentos que me façam sentir feliz"(23). "A tarefa é mais complexa, e não é um caminho simples que irá trilhar" (24). Mas é uma experiência de vida, que só terá sentido se quiser connosco começar a ver a realidade de outra forma e experimentar uma vida de qualidade independentemente do que acontece à sua volta.

Sim, o sofrimento existe!
Sim, a dor existe!
Sim, "ninguém perceberá ao máximo a sua dor e o seu sofrimento, porque ambos são seus, e só você é que sabe e entende o seu desânimo, desespero..."(25)

Teremos um trabalho pela frente, um processo de aprendizagem que irá durar 200 partilhas de ideias, e pensamentos. Apenas no fim deste caminho entenderá esta complexidade. E iremos devagar para que nada fique por dizer.

Este é apenas o raciocínio 2/200. "O que iremos aprender é um desaprender de dar significado a pensamentos que não devem ter significado"(26).

Isto é o mesmo que dizer que "há certos pensamentos que não devem permanecer dentro de nós porque vão originar sentimentos"(27).

Preste bem atenção: "pensamentos geram sentimentos"(28).

Consegue já perceber que "muitos sentimentos que tem são fruto de pensar e pensar e pensar sobre determinados assuntos"(29).

"Ninguém está a pedir que negue os seus pensamentos. Eles existem! Não vamos negá-los!"(30)

Gostaríamos de ajudar a entrar numa outra esfera de pensamento, e "seguir alguns segredos de vida, apenas revelados a quem procura na leitura, o caminho de uma melhor existência"(31). Por isso o que revelamos aqui é apenas um processo de aprendizagem, um processo que terá um número de encadeamentos de pensamentos. Não conseguiremos expor de uma forma rápida, por isso descomprimimos algumas etapas em forma de 200 raciocínios. Mas iremos devagar.

Só neste pequeno texto, muito do que já dissemos é um início daquilo que iremos explanar. "Tem já aqui um prenúncio do caminho que irá percorrer"(32). 

"Gostaríamos de dizer que o caminho é fácil, mas estaríamos a ser falsos"(33).

"O caminho será muito complexo"(34), mas estamos aqui para si, para lhe ajudar.

Exercício 2
Pode neste pequeno texto começar por tirar pequenas frases para um caderno. E vamos deixar que o texto origine em si questões, indagações. Por isso sugerimos no raciocínio anterior que arranje um caderno, um livro em branco, onde irá colocar as frases que de alguma forma tocaram em si, e nesse caderno vá comentando, é um registo seu, pessoal, tipo diário, não é obrigatório que o faça, é apenas uma sugestão. Para algumas pessoas fará sentido. Se optar por comprar esse caderno sugerimos então que compre um livro em branco com uma capa bem bonita, algo tipo diário, um caderno onde colocará uma das frases que leu e comente essa frase, "onde você mesmo vai fazer um diálogo entre o que dissemos e aquilo que faz sentido para si"(35).

Vamos dar um exemplo:
Dissemos: "desaprender de dar significado a pensamentos que não devem ter significado":
- o que isto significa para si?
- Que caminho é este para desaprender?
- Que pensamentos não devem ter significado na sua vida?
- Será isso possível tirar-lhes significado?

É apenas um exemplo e uma forma de você mesmo também se interrogar sobre muito do que vai ler.
Nuno Miguel Gomes (Sociólogo e Filósofo)

Veja a seguir: raciocínio 3/200

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